quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A Rosa do Povo - Uma breve análise


Por Heloísa Miro e Augusto Antico

O livro ‘A Rosa do Povo’, de Carlos Drummond de Andrade é interpretado como uma critica disfarçada ao governo Vargas nos anos de 1943 a 1945, quando o livro teve seu fim.
Livro composto por poemas de crítica social, feita através de metáforas, carrega todas as características da segunda fase do Modernismo brasileiro. Se lermos o título da obra além das palavras podemos deduzir que a rosa do povo refere-se a poesia coletiva que Drummond fazia naquelas páginas.
Segundo vários estudiosos, A Rosa do Povo é o livro mais politizado do escritor mineiro. Em vários dos poemas que compõem a obra vemos criticas sutis a ditadura e a banalidade das obras literárias da época.
No contexto da obra, Drummond tenta achar o significado da poesia, do ato de escrever, pois achava inaceitável o conceito de arte pela arte. Mesmo com a temática engajada na política, o autor encontra meios de passar seu ponto de vista sobre a importância da literatura, e como deveria ser feita, como no poema "Consideração do poema".
O paradoxo é extremamente presente durante o livro. Em um poema vemos a esperança nítida em cada sílaba, e no próximo, a vontade de largar os objetivos. A presença da poesia metalingüística tem extrema importância no entendimento da obra.
Enfim vemos a clara esperança por esperança. Esperança de um mundo menos sujo, um lugar mais justo, mais livre, um lugar que nunca foi visto antes e que provavelmente
não seria visto.

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